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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Relato da maratona 2 - Pré-maratona.

Após deixar as malas no hotel, saímos imediatamente para o centro de convenções, aonde estava acontecendo a Expo (feira de material para corrida), onde eu deveria pegar o meu bib number (número que eu usaria durante a corrida) e o chip que eu deveria amarrar no tênis para que meu tempo fosse computado (no chip, no time). Diferentemente da maratona de New York, no ano passado, meu número era 5609 e estava bem no início dos 50000 números; isso me poupou dos comentários de Lúcia Helena ouvidos no ano passado (em New York meu número era 43272, ou seja, uns dos últimos), mas não deixei por menos, falando o inverso (“viu como meu número é baixinho este ano?). Após pegar o número, fomos para a área de chip check, onde confirmei que aquele chip estava realmente configurado com meus dados. Então fomos dar uma volta na feira, comprar algumas lembrancinhas da maratona, tênis, etc. À noite, estávamos todos cansados da longa viagem e a caminhada para mostrar o “feijão” para Débora ficou para o dia seguinte. Comemos uma macarronada perto do hotel e voltamos para o merecido descanso.
No sábado, saímos para tomar café e conhecer a as redondezas. Depois, fomos ao Navy Pier onde passeamos e, após o almoço, voltamos novamente para a Expo. Durante o dia, já concluímos o que temíamos: o clima realmente não estava como o usual daquela época do ano. Estava quente demais, os prédios mais altos que tinham um relógio e termômetro indicavam 24oC. Decidi comprar um boné, pois nada indicava que no dia seguinte o clima seria diferente. Infelizmente para mim, muitos maratonistas tiveram a mesma idéia e o boné da New Balance, patrocinadora do evento, já tinha acabado; não tinha nem umzinho para fazer um chá. Compramos um tênis da Mizuno e veio grátis um boné, só que era de algodão e não de dry fit e, ao contrário do desejado, iria esquentar mais do que esfriar.
A essa altura do campeonato, se não fosse apenas minha terceira maratona, eu já deveria ter revisto minhas metas de término da maratona para, pelo menos, 4 horas. Ao contrário, mantive as 3:40h, o que era, para mim, impossível naquele tempo tão quente, já que eu treinei todo o ano visando uma temperatura de pelo menos 15oC. Eu treinei sempre as 5h da manhã, com o sol fraquinho, ainda nascendo. Mesmo os longões eram feitos nesse horário e terminava ainda quando o sol estava só começando a esquentar. O nosso corpo leva pelo menos 15 dias para se aclimatar. Correr uma maratona em temperatura elevada, como foi em Chicago, apesar de piorar a performance, não chega a ser um grande problema, desde que se tenha treinado para tal, tentando simular ao máximo o clima esperado para o dia da maratona. Exatamente o contrário aconteceu com todos nós, participantes da maratona de Chicago 2007 e por isso houve tantos problemas, como contarei em seguida. A noite do sábado,véspera da maratona, estava repleta de pasta party, já que a regra para esse dia é comer muita massa para encher nossos músculos de glicogênio e, mais uma vez, fomos comer uma macarronada. Mudamos os planos de sair para algum show à noite e voltamos para o hotel mais cedo. Geralmente a véspera da maratona é para mim um dia turisticamente perdido, pois, como manda a regra e a prudência, devemos descansar para o dia seguinte.No hotel, preparei todo o material: coloquei o chip no tênis direito e o número na camisa. Aliás, a camisa da Sportvida que eu tinha levado seria impossível de ser usada, pois era de mangas compridas. Escolhi então a camisa da New Balance que tinha comprado na Expo. Por coincidência, em New York eu também tinha corrido com uma New Balance; o único problema é que ela era preta e iria reter mais calor, mas a era minha opção naquele momento. Preparei também o Gu gel (5 no total, apesar de eu só ter usado 3 durante a maratona) e as pulseiras com os tempos por quilômetro (marcados pelo GPS da Garmin) e por milha (marcadas no percurso, pela organização). A meia era a que eu usara várias vezes nos longões. Preparei também a máquina fotográfica que iria comigo para fotografar pontos importantes do percurso e filmar os sentimentos que certamente sentiria durante o percurso. Deixei outra máquina com as meninas para que elas captassem as cenas pelo lado dos espectadores. Mostrei para elas ainda o mapa do percurso da maratona, indicando quais seriam os locais e os possíveis horários que eu passaria por ali. Como sempre, coloquei o relógio para despertar as 6h, mas desta vez sem tanto estresse como fora em New York, pois a largada seria apenas às 8h e bem próximo do hotel. Fui dormir quando Lúcia Helena e Débora já estavam dormindo, mas antes abri um pouco a cortina da janela apenas para assegurar que se não acordasse com o despertador, acordaria com o sol que entraria pela janela.

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