Estive esses dias viajando e por isso não pude escrever nada. Mas vamos aos relatos da viagem. O vôo de ida para Buenos Aires atrasou bastante, de modo que eu iria chegar a 1h da madrugada da 5a feira e cheguei as 3h, tendo que esperar ainda pela mala durante 30min (daí porque o nome mala é bastante apropriado). Resultado, só fui para a cama dormir no horário que eu já deveria estar me preparando para a corrida matinal: às 5h. A 5a feira foi toda de reunião e, apesar de terminar às 17h, preferi não ir correr nesse horário pois o hotel estava bem no centro de Buenos Aires, próximo da Av 9 de Julho, onde o trânsito é intenso. Fui apenas caminhar e fazer um reconhecimento da área, em direção ao obelisco e ao Teatro Colon, voltando pela Av Florida. Deixei para correr na 6a feira de manhã, em direção contrária ao passeio da 5a feira, indo para o Puerto Madero. Logo que sai do hotel, as 6:30h, o tempo estava bem fechado e neblinando um pouco, mas não seria uma chuvinha fraca que iria cancelar minha corrida, principalmente depois de 2 dias sem correr. Por mais que a literatura mostre que alguns dias de descanso são importantes para a recuperação de microlesões que desenvolvemos durante o treino e que isso melhora sua performance, psicologicamente é difícil acreditar e eu penso logo que já estou perdendo um pouco o condicionamento. Ah, lembra da dor em panturrilha, melhorou consideravelmente. Isso também é interessante: quando estamos com alguma dor, rapidamente pensamos que está tudo acabado e que comprometemos todo o treinamento e que aquela dor não vai melhorar a tempo para a competição. É só melhorar um pouco e já estamos pensando em fazer um longão novamente. É mais ou menos como quando nos sentimos muito fortes e saudáveis até pegarmos uma gripe e acharmos que morreremos no dia seguinte. Ou seja, somos uma metamorfose ambulante (ou sou uma metamorfose ambulante), bastante vulneráveis física e psicologicamente. Não levei o GPS de modo que resolvi correr 40 min, em ritmo leve, afinal teria uma prova de 10km no sábado (hoje). Decidi que iria 20min adiante e voltaria pelo mesmo caminho em direção ao hotel, para não correr o risco de me perder. Fui em direção a Puerto Madero, uma área bastante bonita de Buenos Aires. No caminho, encontrei com alguns cachorros. Como escrevi anteriormente, em outro dia, o cachorro é o melhor amigo do homem só porque não fala. Eles são bastante parecidos conosco. Se isso é verdade, pense em um cachorro argentino encontrando com um corredor brasileiro!! Evitei completamente encontrá-los em uma distância inferior a 5 metros. Tudo bem, mas precisei parar e andar durante uns 10 metros para evitar que um cachorro ficasse mais empolgado com minha corrida e para descaracterizar minha condição de corredor. Aliás, já viu como os cachorros não têm um foco estabelecido (foco no sentido de meta, objetivo)?. Quando você vai no carro e um cachorro sai correndo atrás, se você parar o carro, ele simplesmente não saberá o que fazer. As vezes isso acontece com alguns de nós: não sabemos exatamente o que fazer em determinada situação, pois não tivemos um planejamento prévio. Com 20min de corrida, voltei exatamente pelo mesmo caminho, exceto em algum lugar que deveria entrar à esquerda e passei direto. Menos mal, esse erro me custou 6min a mais de corrida, mas me permitiu correr na Praça de Mayo, em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino.
Hoje, haverá uma competição de 10km e eu pretendo correr forte, pois não haverá longão amanhã e já servirá de parâmetro para predizer o tempo final da maratona.
sábado, 14 de outubro de 2006
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Josivan:
ResponderExcluirTenho lido regularmente seu blog. São palavras de bom senso e de estímuo contínuo para que quer correr, mas acima de tudo, para quem quer melhorar a qualidade de vida. Vá em frente. Voc~e não está sozinho.
Um abraço,
Arthur
Caro Arthur, obrigado pelos seus comentários e estou aguardando para treinarmos juntos e corrermos um evento, quiçá uma maratona, não?
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