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sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Acabou o mês: Estatísticas.

O mês acabou e e sempre bom fazer uma análise para avaliar se as metas foram alcançadas e traçar novas metas para o mês que se inicia. Dividindo o treinamento em ciclos, fica mais fácil reavaliar cada ciclo e atingir os objetivos específicos. No primeiro momento do meu treinamento, em junho, minha meta era me recuperar de uma lesão recente nos músculos adutores da coxa direita, e vocês podem ver nos gráficos que eu corri bem pouco em nesse mês. Uma vez recuperado, parti para ganhar endurance, ou seja, conseguir correr distâncias longas, não importando muito o ritmo, apenas a constância. Isso foi em julho e agosto. Em setembro, com a proximidade da maratona, veio a fase de stamina, ou seja, eu já estava conseguindo correr distâncias grandes, mas precisa correr distâncias grandes em um tempo mais curto. Nessa fase, fazer os treinos de tempo run são importantes. Nesse momento, se o treinamento foi adequado e as metas atingidas, eu devo conseguir correr distâncias grandes (endurance) em tempos curtos (stamina). Nas últimas 2-3 semanas próximas da competição, precisamos ter o máximo de cuidado para não ter lesões e para começar a guardar glicogênio para a competição.

Glicogênio é a fonte de carbohidratos que o organismo utiliza de imediato para obter energia para a corrida. A alimentação nessa fase também começa a se modificar, sendo preferencialmente rica em carbohidratos (macarrão, pão, cereais, etc), pouca proteína e menos ainda gordura. Vejam que o número de horas de treino/mês vem em uma crescente e que, interessantemente, em setembro eu corri distâncias maiores em um tempo quase igual ao de agosto. Ou seja, a fase de stamina aparentemente funcionou: ganhei ritmo.
Quem é corredor sabe que o nós adoramos dizer que somos corredores e citar quantos quilômetros corremos em determinado período. Então para meu regozijo, e somente para isso, lá vão algumas estatísticas dos últimos 4 meses de treinamento. Nesse período, já corri 745,6km; antes eu dizia que a distância equivalia a ir e voltar de Recife. Com o avançar dos treinos, agora já estou dizendo que estou voltando de Fortaleza (Natal - Fortaleza - Natal). Por mês, juntando todos os tempos de treino, corro quase 24 horas. Por semana, a média de distância fica em torno de 50km, mas nas últimas semanas vem aumentando, à medida que a maratona se aproxima. Se considerar apenas os dias de treino, excluindo os dias de folga, em média corri 12km por dia de treino. Esse número veio aumentando até agora, mas creio que irá diminuir em outubro, principalmente nas duas últimas semanas.
Vocês devem estar se perguntando como eu meço a quilometragem. Agora é fácil. Antes eu corria sempre no mesmo percurso e eu já sabia quantos km esse percurso tinha. Agora (desde julho), tenho um relógio que tem um GPS (Global Position System) que capta sinais de satélite e me diz com erro máximo de 10 metros (dependendo do número de satélites disponíveis naquele horário, pode minimizar para 4 metros) a distância percorrida. Quando chego em casa, descarrego as informações no computador e posso fazer as análises e anotações que desejar.
Contabilizo também a quilometragem de cada tênis. Atualmente tenho dois tênis mizuno creation 6,0 e 7,0. Cada tênis deve ser utilizado durante aproximadamente 500 km, depois disso, ele começa a perder a capacidade de absorver os impactos e pode predispor a lesões, pricipalmente nos joelhos (dá para imaginar quantas passada se dá em um treino de 10km?). Depois de 500km, sugere-se mudar o tênis, mesmo que ele pareça ainda novo (e geralmente paercem). O difícil é se livrar de um tênis aparentemente novo (quando lava fica novinho). Geralmente deixo para usar fora dos treinos ou dou para alguém que não corre, apenas caminha (como meu pai). As quilometragens dos meus tênis atuais são creation 6,0 = 397,5km (comprei em junho) e creation 7,0 = 165,8km (comprei em agosto).
O treino de ontem foi tempo run, ia correr para 5min/km, mas fiz uma coisa que é sempre perigosa e prometi para mim mesmo não fazer mais: competir comigo mesmo. Forcei mais o ritmo pois queria correr em 47min que é meu melhor tempo nos 10km. O primeiro km foi mais lento (5min 24seg) o que comprometeu o restante e terminei correndo em 48min07seg. Os músculos adutores da coxa direita reclamaram um pouco, porém menos do que usualmente aconetcia em agosto quando eu corria abaixo dos 5min/km. A média ontem ficou em 4min48seg/km. Bom treino, bom para meu ego, aumentou meu otimismo, mas o risco de reativar a lesão não compensa pois precisaria parar por pelo menos 15dias para me recuperar e comprometeria todo o cronograma programado para o 5 de novembro.
Hoje não corri. Dia de cross training, vou velejar à tarde. Espero que o vento não esteja tão forte pois amanhã tem longão de 3horas (30km).

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