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domingo, 20 de dezembro de 2009

Copo meio: quase vazio ou quase cheio?

Encontrei um colega na chegada da corrida natalina que me deu uma lição. O que você faria se a partir de hoje fosse proibido de correr por toda sua vida? Se você é apaixonado por corrida, iria sentir bastante. E se fosse um atleta de elite que ganhasse várias provas nacionalmente, inclusive com tempo na maratona de 2:22h?
No ano passado, após correr a maratona de Buenos Aires, fiquei muito empolgado com a prova e encontrando esse colega em um treino, propus que ele corresse em Buenos Aires, pois acreditava que ele poderia ganhar a prova. Até ofereci a passagem aérea. Dois meses depois soube que ele estava com problema cardíaco, mais especificamente, doença de Chagas e que precisaria parar de correr ou se arriscaria a ter morte súbita durante a corrida. Lamentei por ele. Imagine que o problema não é só parar de correr. Só parar de correr não resolve a cardiopatia, apenas minimiza o risco de ter morte súbita. Não sei como eu reagiria a essa situação.
Encontrei com ele ontem e ele estava muito bem. Tinha ganhado um pouco de peso, como esperado, já que tinha uma quilometragem semanal alta, mas estava de alto astral. Perguntei como estava e ele respondeu que já vinha sentindo arritmias durante algums corridas e os exames confirmaram a doença, mas que estava muito feliz por não ter tido nenhum problema de saúde durante sua vida de atleta de alta performance. Ele conseguiu transformar um limão em uma limonada. Visualizou não o problema em si, mas o fato de não ter agravado com as corridas. Quando encontramos um copo pela metade, podemos encarar de duas maneiras: em uma visão pessimista, ele está quase vazio. Na otimista, ele está quase cheio. Valeu amigo, você preferiu vê-lo quase cheio. Seja feliz, mesmo sem as corridas!

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