Tem um dinossauro no meu olho!!!!

Sai para o treino matinal. Nada especial; um treino regenerativo ainda me recuperando das últimas maratonas e da meia do último domingo. Antes ainda de completar o primeiro km, passando embaixo de uma árvore, algo cai diretamente no meu olho direito. Meus olhos têm especial atração por corpos estranhos. Parei de contar quantos já entraram no meu olho quando atingiu o número de dez. Desenvolvi até uma técnica especial para tirá-los e evitar a desagradável e inesperada visita ao oftalmologista. É a técnica do pisca-pisca. Nos primeiros casos eu, erroneamente, esfregava o olho, o que piorava mais ainda, pois arranhava a córnea e fazia com que o objeto estranho encravasse mais ainda na esclera (parte branca do olho) ou na parte interna da pálpebra. Depois de algumas visitas aos oftalmologistas, aprendi que se eu não esfregasse o olho acometido e simplesmente começasse a piscar, o olho lacrimejava mais e tentava expulsar o objeto para o canto interno (nasal) do olho, ficando mais fácil retirá-lo sem a ajuda do oftalmologista. Já entrou de tudo no meu olho: areia, pedaço de fio de nylon, insetos, etc. Um treino destes, corri uns 4km com um besourinho no olho até encontrar uma padaria que tivesse um espelho onde eu pudesse tirá-lo (imagina quantas vezes pisquei??!!). Ontem foi diferente, pois meu olho ardia muito mais que o usual. Como estava próximo da clínica onde trabalho, fui direto para lá. Continuei piscando e quando vi no espelho, havia um objeto preto no canto do olho. Consegui tirá-lo com um cotonete improvisado (palito de dente + algodão), mas a ardência e sensação de corpo estranho continuavam. Quando puxei a pálpebra inferior lá estava ele: um enorme besouro (novo recorde!!) que deu um trabalho danado para tirar. Voltei para a rua lamentando muito e me obrigando a prometer que eu iria voltar a correr com o óculos escuro (odeio correr de óculos). A experiência foi ruim para mim, mas, tenha certeza que foi bem pior para o besouro.