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domingo, 13 de abril de 2008

Relato de maratona 3 - A meia maratona.

Outras vezes que fui a Paris, já tinha ido à Bastille, mas confesso que não sabia exatamente onde ela estava no mapa, pois sempre pegávamos o metrô, descendo na estação Bastille. Nada mais fácil: em uma linha quase reta na Rue Rivole, a partir da Place de La Concorde, chegasse a Bastille. Continuamos em frente em direção a Nation. Na esquina após a Bastille pisei de mal jeito e a perna doeu um pouco, relembrando a lesão antiga. Reavaliei, pisei correto e vi que com a pisada corrigida, nada aconteceria e eu iria concluir a prova sem problema. Durante todo o percurso, escutávamos o "allez" dos expectadores. Passei o km 10 com 52:14min. De vez em quando encontrava algum corredor com a bandeira do Brasil e falávamos palavras de encoragamento. Após Porte Doree, pegamos a esquerda para entrar no Parque Bois de Vincennes que tem esse nome devido à cidade próxima de Vincennes. É um parque enorme, 3 vezes maior que o Central Park de New York e 4 vezes maior que o Hyde Park de Londres, originalmente usado pelos reis da frança para caçar e posteriormente usado para exercícios militares após a revolução francesa. Napoleão III foi que o transformou em um parque público. O número de eepectadores diminui consideravelmente, mas a paisagem continua belíssima. Corremos quase 10km dentro do parque, passando pelo belo Chateau de Vincennes que foi usado por muitos reis no século 14 como segunda casa. A foto é inevitável quando passo na frente do castelo, mesmo porque estou correndo uma maratona, mas estou também fazendo o city tour a pé e tenho que registrar o que puder (nos primeiros 25km, consigo fazer, sem dificuldade, mas depois a concentração vai toda para a prova e só uso a câmera novamente na chegada). Em frente ao castelo encontro o segundo posto de esponjas, onde a organização distribui esponjas ensopadas para os corredores. Alegro-me que não preciso desacelerar para pegar esponja nenhuma e surpreendo-me como ainda muitos corredores pegam as esponjas mesmo com a temperatura por volta de 5 graus Celsius. O percurso dentro do parque contrasta com aquele da Champs Elysées e quase não dá para acreditar que a pouco mais de 10km dali está o centro de Paris com todos aqueles turistas, lojas, etc. O ambiente é campestre, bucólico, arborizado. Já próximo do km 20, saímos do parque, voltando às ruas novamente. As bandas de música são frequentes durante todo o percurso, inclusive uma batucada de um pessoal vestido de verde e amarelo que identifiquei como brasileiros e grite "Brasil!". Os espectadores também se vestem de várias maneiras para saudar os corredores. O GPS estava dando um erro de aproximadamente 10m em cada km, talvez devido às nuvens. Próximo ao km 20, eu já estava com quase 200m de diferença em relação à marcação oficial e decidi então usar o cronômetro do relógio, marcando manualmente em cada km, mesmo porque os túneis estavam por vir e certamente eu perderia o sinal do satélite. Passei a meia maratona com 1:49:10 e, apesar de estar 40segundos acima do planejado, considerei muito bom, pois estava inteiro, sem dor, com freqüência cardíaca em torno de 155 bpm. Sabia que por enquanto que a freqüência não passasse dos 160bpm eu estaria bem.

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