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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Relato de maratona 2 - Largada até a Bastile.

Após a largada eu ainda estava muito envolvido com todo o processo. É realmente um momento fascinante que, apesar de eu ser suspeito para falar pois adoro correr, creio que ninguém que passa por tal experiência consegue esquecer mais nunca. É por isso que acho graça quando alguém pergunta "você está indo para França só para correr?". Não é realmente só correr. Não bastando que o próprio momento é mágico, aquelas lembranças ficarão gravadas, seja na minha memória, seja na minhas fotografias, para o resto da minha vida. O comportamento grupal, todos maratonistas ali com o mesmo objetivo de conc luir aquela distância mágica no menor tempo possível, parece contribuir para essa mágica. Ativei o GPS Forerunner 305 no pulso esquerdo e logo depois o cronômetro do meu relógio, no pulso direito, e lá fui eu para minha maratona pessoal. Aquele dia era esperado já há 6m. O percurso é muito bonito. Atrás, estava o Arco do Triunfo e na frente o obelisco de Luxor de mais de 3000 anos, trazido do Egito e situado na Place de La Concorde. Ligando os dois monumentos, a Champs Elysees, uma das ruas mais famosas em todo mundo e local de importância histórica para a humanidade. O primeiro km, conforme esperado, corri acima do tempo programado e fechei em 5min e 21segundos. Lembrei da sugestão de não tentar recuperar o tempo perdido logo no km seguinte. Apertei um pouco mais o passo e já no início da Rue Rivole, na esquina dos Jardins da Tuleries, o segundo km ficou em torno de 5min 7 segundos (minha meta era de 5:10/km). Bati mais umas fotos e continuei. A rue Rivole passa inicialmente pela estátua de Joana Darc, à esquerda, e logo mais adiante, a entrada do famoso museu do Louvre à direita, onde estão monumentos como a Mona Lisa, Os escravos de Michelangelo, a Vênus de Milo, etc. A rua não é tão larga e confesso que é um pouco difícil correr com tantos corredores. Talvez a organização pudesse diminuir o número de vagas oferecidas, reduzindo de 35000 para 25000. O km 5 foi próximo da Bastile e eu passei com 26:11min, um pouco acima do esperado. A Bastile tem importância histórica em relação à Revolução Francesa de 1789, quando os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade foram exigidos e permaneciam até hoje, como facilmente visto na maratona. O primeiro ponto de água foi na Bastile e, como eu sabia que não iria haver isotônico até o km 30, tratei de pegar banana e água para me manter, tomando o cuidado de jogar a casca da banana longe do trajeto dos corredores. Por várias vezes, passei para correr na calçada ao invés da rua, com o intuito de tentar manter-me dentro do ritmo planejado. Muitos expectadores estavam nas calçadas e nem sempre era possível correr por ali.

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