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segunda-feira, 31 de março de 2008

Depois da chegada.

Depois do sprint final, parei o cronômetro e vi que estava apenas 3 segundos acima do tempo 1hh42min, mas estava bastante satisfeito com o tempo feito. Andei um pouco adiante, achei que tinha escutado a voz de Lúcia Helena me chamando e olhei para o lado onde estavam os espectadores, mas não os vi. Um pouco adiante, antes do local da entrega das medalhas, os voluntários entregavam os cobertores descartáveis que evitariam a hipotermia relativamente freqüente nessas provas. Recebi o meu e continuei adiante para receber minha merecida medalha. Percebi que tinha recebido dois cobertores e entreguei um e continuei. Havia umas 8 voluntárias entregando as medalhas e pensei, qual daquelas medalhas iria para o Brasil. Simplesmente fui reto adiante e parei em uma gordinha que entregava alegremente a medalha com um sorriso estampado no rosto que até parecia que ela é que estava recebendo. Com a medalha veio um "congratulations". Pensei ainda em pedir para ela tirar a clássica foto com a medalha, mas havia outros corredores atrás e ela certamente não poderia parar as entregas naquele momento. Pensei que outro voluntário poderia bater uma foto minha adiante, mas terminei esquecendo e fiquei sem a foto. Estava agora na mesma rua em que tinha deixado Lúcia e Lucas antes da largada, só que agora com bem mais gente e com filas para receber frutas, água e isotônico. Desliguei o GPS pensando em economizar bateria que seria ainda utilizada em Paris já que eu não trouxera o carregador. Fui logo para o isotônico, já que só tinha bebido um copinho durante todo o percurso. Continuei adiante, procurando o local para entregar o chip, mas não achei. Voltei e peguei mais um copo de isotônico e fui pegar uma banana. Ía mandar uma mensagem para Lúcia (é mais barato do que telefonar) perguntando onde estavam, mas antes de terminar de escrever, recebi uma dela dizendo que estavam esperando no Hotel. Vi um corredor com uma camisa do Brasil e perguntei se ele era Bruno (o colega da Paraíba), mas ele disse que era Adriano. Conversamos um pouco elogiando a prova e ele afirmou que também iria correr Paris (parece que muita gente teve a mesma idéia que eu). Ele estava meio desorientado e queria saber aonde iria entregar o chip (não sei se com medo de perder o chip ou se com medo de perder os 15 euros que tínhamos pago em garantia). Decidi sair e procurar o local do chip. Rapidamente, entreguei o chip e recebi o dinheiro. Ainda estava frio e agora eu estava sem a calça e com a camisa molhada de suor. Enrolei o cobertor e sai em direção ao hotel com a medalha no pescoço. O cronômetro oficial marcava ainda 2h5min. A largada e chegada da meia maratona acontece na chamada Cidade Velha e o hotel estava na Cidade Nova, há aproximadamente 1,3km de distância. A medida em que se distanciava da corrida, via menos corredores e mais gente olhava para mim fazendo comentário em línguas não entendidas por mim, mas que eu percebei que era algo do tipo "hoje foi a corrida", ou "olha a medalha" ou quiçá "olha esse doido só de calção nesse frio e se amostrando com essa medalha no pescoço". Não importa o que diziam, eu estava muito bem e orgulhoso de minha corrida. No hotel, só podia acessar o elevador se tivesse a chave do quarto, por isso tive que telefonar para Lúcia Helena descer. Quando cheguei, ela já estava no hall esperando. Subimos e ainda no elevador fui contando sobre minha performance. No quarto, Lucas estava jogando no Nintendo e parou para ver a medalha e perguntar em que colocação eu ficara. Como tem um número 10 na medalha devido ao 10o aniversário da meia maratona ele achou que eu tinha ficado em décimo lugar e assim eu deixei.

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