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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Vigorexia, eu?

Quem leu ou, pelo menos, viu a capa da revista Veja dessa semana viu uma reportagem sobre overtrainning. Não é um tema novo, mas sempre vende bastante. A mídia as vezes cansa de dizer o óbvio (exercício faz bem para a saúde) e passa então a falar o contrário (exercício pode fazer mal para a saúde). Como tudo na vida, os extremos são perigosos e o excesso de exercícios pode também trazer problemas, principalmente lesões ósteo-musculares. O segredo estar exatamente em saber até onde está se beneficiando com a atividade física e a partir de onde começa-se a ter problemas. Essa barreira pode ser muito tênue. Bem, eu não quero escrever hoje sobre overtrainning, mas sim discutir sobre se nós, maratonistas, fazemos exercícios em demasia (essa é a "acusação" de minha esposa). Tal tema vem bem na hora em que eu acabei de me inscrever para a meia e maratona da Disney 2009 (meia no sábado e maratona no domingo. Loucura? Depois escreverei sobre isso). Não acho que fazemos exercícios demais, apenas escolhemos um esporte e uma prova que exige um treinamento mais puxado para não sofrermos no dia da prova. Como não ter um treinamento agressivo (50-70km/semana, no meu caso) se a própria maratona (42,195m) é uma prova extenuante? Irresponsabilidade seria se fôssemos correr tal prova sem um treinamento específico e cuidadoso, que simulasse as dificuldades do dia da competição. Consigo perfeitamente passar alguns dias sem correr; não corro quando estou indisposto ou com alguma dor; não modifico minha vida social em função do meu treinamento (ao contrário, ajusto o treino de acordo com minha vida social). Logo, não me considero com vigorexia. Contra mim, existe apenas o fato de ficar mal humorado quando fico muitos dias sem correr, mas acho que também ficaria se deixasse de fazer coisas que gosto como ler, assistir TV, velejar, etc. Com ou sem o diagnóstico, temos que parar um pouco e pensar que o exercício (aqui, especificamente, a corrida) serve para nosso bem estar e se isso não está acontecendo com algum corredor amador, por favor repense suas metas e seu objetivo de correr. Nunca seremos corredores profissionais, pois teríamos que nascer novamente com uma genética privilegiada. Sendo assim, vamos correr para nos divertir e não encarar a corrida como mais uma obrigação a se juntar com as tantas que já temos em nossas vidas.
Passei o carnaval lendo e velejando. O laser é excelente e as quase 2h de velejada por dia me ajudou na parte aeróbica, evitando que passasse o carnaval só comendo e dormindo. Hoje, aproveitando o descanso durante as folias do Momo, farei um treino forte (10km = <50min).

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