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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Sair da inércia é difícil, mas compensador

4:30 da manhã (aproximadamente) - ainda está escuro e sou acordado pelo meu filho que está com frio e me pede para desligar o ar condicionado do seu quarto. Sem conferir a hora e baseando-me na escuridão, volto para a cama, achando que ainda tenho algum tempo de sono antes de ser acordado pelo alarme do meu relógo de pulso. Antes de aprofundar o sono, para minha tristeza, o relógio toca. O som que em outra hora do dia é relativamente baixo, naquela hora (4:47h) parece ser estrondoso e me desperta definitivamente. Vem então a pergunta que não recomendo a ninguém: vou correr ou durmo mais? A resposta mais freqüente para essa pergunta é também a mais lógica: continue dormindo. Não me importo de acordar cedo e geralmente 5 a 6h de sono já são suficientes para mim, mas odeio acordar ainda no escuro. Os meses de novembro e dezembro são ótimos. O sol nasce mais cedo, por volta das 4:45h e ganho mais tempo para treinar, mas quando chega o início do ano, o sol fica preguiçoso, e eu também. O pior é que a tendência é o nascer do sol ficar cada vez mais tarde. Penso duas vezes, avalio minha rotina para aquele dia para ver se poderei correr à noite. Não dá! É agora ou não correrei hoje. Levanto-me quando todos (mulher, filhos e cachorro) ainda estão dormindo profudamente. Alguns dizem inclusive que estão no melhor sono da noite. Vou até a janela. Há uma esperança para eu voltar para a cama: vejo uma nuvem cinza enorme, mostrando que a chance de chover durante o treino é de quase 100%. Vou voltar para a cama e dormir pois já tenho minha desculpa. Que é isso? Deixa de preguiça! Troca logo de roupa, coloca o tênis e vai se divertir! Ok, pode ser que não chova. Troco de roupa e vou para a rua. Já na portaria do meu prédio o porteiro me alerta: vai chover! Vou de qualquer jeito. Hoje é dia de treino leve (5:20 - 5:30 min / km) e vai ser divertido, mesmo com chuva. Lá pelo terceiro quilômetro começa a neblina e no quarto quilômetro a chuva já é torrencial. Lembro-me dos tempos de infância lá em Santa Cruz do Inharé, cidade no interior do Rio Grande do Norte onde a chuva, quando acontece, é bastante festejada. Corríamos para a rua para brincar na chuva. Aliás, prefiro correr na chuva. O suor desaparece, confundindo-se com a água que cai. O freqüencímetro é mais generoso, marcando freqüências cardíacas mais baixas e a corrida é mais fácil. Oxalá que ao invés do calorzão de Chicago tivesse caído uma chuvarada das boas! Continuo correndo e o ato de correr, que usualmente (e principalmente na hora que corro) já é solitário, agora é mais solitário ainda pois os poucos transeuntes se escondem, protegendo-se da chuva. Evito as poças, tentando poupar meu mizuno creation 8, mas no sexto quilômetro, tanto faz pois ele já está ensopado. Torço agora para a chuva não parar, mas no quilômetro 9, apenas a nuvem cinza persiste. Termino o décimo quilômetro encharcado e feliz da vida. Olho para o céu, agradeço a Deus pelo treino e por ter refrescado minhas idéias naquele início de jornada e lembro-me que várias vezes me arrependi de não ter treinado, mas nunca me arrependi de ter feito um treino. Amanhã tem mais. Espero que chova novamente.

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