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quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Relato da maratona 1: a madrugada.

A noite do sábado, 4 de novembro, véspera da maratona, foi um pouco desagradável para mim, no sentido de eu estar muito ansioso. Conversando com outros maratonistas, notei que isso é extremamente freqüente e inevitável. Fui ao Madison Square Garden assistir o jogo da NBA NY Nicks contra Indiana Paces. Serviu para tirar um pouco a atenção da maratona e relaxar. O Nicks, para quem estávamos torcendo (já que era o time da casa), jogava muito mal e decidimos ir embora antes de terminar o quarto e ultimo período do jogo (essa foi a desculpa que dei para minha filha e minha esposa, mas na verdade estava querendo ir dormir cedo, pois o ônibus para a largada sairia a partir da 4:30 da madrugada e eu não queria ir no último ônibus). Chegando no quarto do hotel, fui preparar todo material, colocando as roupas na ordem que eu iria vestir na madrugada. Coloquei o número na camisa; separei a meia que ia usar, as camisas que iria desprezar minutos antes da largada e tudo o mais. Coloquei nada mais que 4 (isso mesmo, quatro!!) despertadores para me acordar as 4:30h: o do meu relógio, o do relógio de Natália, o rádio relógio do quarto e o telefone celular de Lúcia Helena. Acho que não teria como eu não acordar. Pensava como seria terrível se eu acordasse somente as 7 horas da manhã, horário que já não haveria nenhum ônibus para me levar para a largada e que as pontes já estariam fechadas. Lúcia Helena e Natália dormiram antes que eu. Tentei, tentei, mas só fui realmente dormir já perto das 23 horas, com o rádio relógio de frente para mim para que eu o visse, mesmo no escuro, a qualquer momento que eu acordasse. Nenhum dos quatro despertadores me acordaram, pois acordei sozinho as 4:11h e decidi me levantar pois não queria me arriscar a passar do tempo. Sai desligando os despertadores para não acordar Natália e Lúcia Helena. Troquei de roupa, vesti todas as roupas separadas previamente: duas camisetas, uma camisa de manga comprida que ganhei da maratona, a camisa preta New Balance que tinha programado para correr e que já estava com o número 43272 fixado na frente. Coloquei o freqüencímetro, para assegurar que não passaria do limite, e as pulseiras com os tempos programados: no braco esquerdo os tempos que tinha programado com Erivan, em min/km; no braço direito, os tempos que tinha recebido na Expo em min/milha. No braço esquerdo estava também o GPS, marcando min/km e no direito, o relógio onde eu marcaria os tempos por milha. Tudo estava muito bem programado, não teria como dar errado. Quando pensei que estava tudo ok e fui me despedir de Lúcia Helena (my suport team) ela me lembrou que estava faltando a luva (ainda bem, pois fazia um frio danado e realmente a luva ajudou muito, durante toda a maratona). Agora sim, tudo ok para irmos para a batalha (ou melhor, para simularmos o que Phidippides passou após a batalha dos atenienses contra os persas em 490 a.C.). Paro por aqui, continuo depois. Não percam o próximo capítulo.

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