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segunda-feira, 16 de outubro de 2006

A história da maratona

Conhecer a história da maratona ajuda a entender melhor porque corremos uma maratona. Entende-se melhor o desejo de um maratonista de terminar uma prova, mesmo que não seja entre os primeiro. Ajuda a entender que o importante não é ganhar, mas sim concluir o percurso que um dia o soldado grego Pheidippides fez. Em 490 antes de Cristo, os persas invadiam a Grécia e o comandante grego mandou que o soldado Pheidippides fosse até Esparta, correndo 240km, para comunicar o início da batalha e pedir ajuda. O caminho era irregular para os cavalos e somente um mensageiro corredor conseguiria fazer o percurso. O soldado correu durante dois dias só para receber um não como resposta. A ajuda espartana nunca chegou porque eles estavam comemorando o festival de Artemis e Pheidippides voltou correndo novamente para avisar que não haveria ajuda. Mesmo assim os gregos ganharam a batalha, matando muitos persas e perdendo bem pouco soldados gregos. Pheidippides correu novamente, só que desta vez foi para Atenas, para avisar que tinham ganhado a batalha de Maratona (cidade próxima de Atenas), mas o esforço foi tão grande que ele morreu logo após dar a mensagem.
Durante a primeira olimpíada da era moderna, realizada em 1896, na Grécia, organizaram a primeira maratona (nome assim dado devido à cidade grega de onde Phidipiddes correu), com chegada no stadium que fica no centro de Atenas. O percurso era em torno de 40km e o primeiro corredor a ganhar foi o grego Spiridon Louis com o tempo de 02:58:50 h, fazendo a média de 4min28seg por quilômetro. Em 1908, com a olimpíada em Londres, mudaram o percurso da maratona com a finalidade da família real assistir a largada no castelo de Windsor. Então, ao invés dos 40km, ficaram 42.195m que é o percurso que se obedece até hoje.
O treino de hoje foi muito bom. Eu já estava com saudades de meu percurso aqui nas ruas de Natal. Com o pensamento em mente de diminuir quilometragem semanal, mas não diminuir velocidade, fiz os 10km em 53 minutos, o que me permite, caso mantenha esse ritmo na maratona, correr abaixo das 4 horas, como desejo. Nada de anormal no percurso, exceto pelo fato de hoje ser o dia mundial do pão e uma padaria aqui estava oferecendo um café da manhã para o pessoal que caminhava. Encheu de gente. Sabe como é, comida de graça todo mundo quer. Eu me segurei, passei direto, mantive o ritmo e o percurso, só em casa descobri no jornal local que o motivo da festança era o dia do pão. Amanhã, treino só à noite, apesar de estar com vontade de treinar nos dois horários. Vou ligar para Erivan hoje e pedir orientações.
Vi no site da maratona (www.ingnycmarathon.org) que a partir do final do mês eles vão disponibilizar um serviço de e-mail aonde cada corredor poderá cadastrar 5 e-mails para ficar recebendo atualizações dos tempos na medida em que for passando pelos pontos de chegagem de tempo. Funciona assim: todos os corredores têm um chip amarrado no tênis e quando passamos por determinados locais com um tapete eletrônico, o chip manda nosso número para o computador que grava o tempo para aquela distância. Esse tempo será enviado para os e-mails que forem cadastrados, de modo que as pessoas aqui no Brasil poderão receber os e-mails e ver os tempos que eu for fazendo antes mesmo de terminar o percurso completo da maratona. Isso sim é tecnologia, não? Entendem o que escrevi ontem sobre a mística da maratona?

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